O XAMANISMO

A introdução do Xamanismo Norte-Americano no Brasil por Carlos Sauer.

Nascido em uma família espiritualista, Carlos Sauer vem de uma longa linhagem de médiuns (4a geração) trabalhando com cura espiritual. Sauer sempre se interessou por assuntos ligados à espiritualidade e encontrou seu próprio caminho espiritual quando conheceu o “Caminho Vermelho”, conhecido também como Xamanismo.

Em 1982, com apenas 22 anos, Sauer foi convidado por sua irmã Maria Lucia Sauer para estudar no Instituto de Esalen, em Big Sur, na Califórnia., aonde começou a participar de rituais indígenas, como a Tenda do Suor, e foi iniciado como Homem do Fogo (Fire Man).

A apresentação ao Xamanismo aconteceu em 1984, através do Xamã antropólogo e autor do livro ‘O Caminho do Xamã’ Michael Harner (o difusor do xamanismo universal no Ocidente), que se tornou mestre, amigo e mais tarde colega de trabalho de Sauer. Foi assim que o jovem que viria a se tornar um dos grandes nomes do Xamanismo no Brasil foi introduzido a filosofia Xamânica norte-americana.

Sauer teve a oportunidade de passar por diversas vivências, principalmente na Tenda do Suor, nas quais recebeu curas importantes que começaram a transformá-lo. As experiências afetaram sua maneira de pensar, de agir, seu comportamento, a personalidade e até mesmo o jeito de ser. Era o início dos estudos, pesquisas e vivencias Xamânicas que Sauer realiza até hoje.

Entre 1987 e 1989, Sauer e sua irmã Maria Lucia, sentiram que era o momento de trazer esses conhecimentos para o Brasil. Juntos, os terapeutas holísticos ministraram os primeiros cursos de Xamanismo no Rio de Janeiro no espaço Avatar no Humaitá, aonde Paulo Coelho promovia palestras frequentemente.

Sauer permaneceu no Rio até 1991, quando resolveu que era a hora de voltar para os EUA para adquirir mais conhecimento, viver novas experiências e buscar novos mestres.

Novamente na Califórnia, em 1992, Sauer começou a estudar com Héctor Gomes, um argentino descendente de índios. Gomes apresentou Sauer a Cerimônia do Peyote, e o brasileiro, continuou se aprofundando aos seus estudos nas cerimonias da Tenda do Suor.

Em 1995, Sauer convidou Héctor Gomes para levar a Cerimônia do Peyote para o Brasil pela primeira vez. O evento foi promovido em Aiuroca, em Minas Gerais, com o apoio de um grupo de brasileiros do Projeto Arco Íris, entre eles Humberto Moller, Cristina Terra, Stela Guz, Laura Pedrotti, Tony Paixão e Ricardo Mattos. Cristina e Tony foram introduzidos ao Xamanismo por Sauer e Gomes. Mais tarde os dois viriam a se tornar irmãos espirituais de Sauer.  Gomes fez mais uma visita ao país no ano seguinte, onde realizou um total de seis cerimônias.

Foram alguns anos de estudo com o argentino, até que em 1996 Sauer conheceu um dos mestres de Héctor: o ancião e líder espiritual Nelson Turtle. O índio americano, nascido na reserva da tribo Cheyenne, em Oklahoma, nos EUA, sentiu uma forte conexão com Sauer e o adotou como seu filho, já que o brasileiro havia acabado de perder o seu pai biológico.

Primeiro ritual do Peyote no Brasil

Nelson Turtle

O processo da adoção tornou Sauer um índio Cheyenne e o jovem passou a estudar diretamente com seu pai no Caminho Vermelho.

Em 1997, foi a vez de Sauer convidar Nelson Turtle para vir ao Brasil. Na ocasião, o índio americano adotou mais filhos brasileiros e com isso, Lino Py, Tony Paixão, Sthan Xannia, Rogério Favilla, Cristina Terra, Bull e Bill, entre outros, se tornaram irmãos de Sauer.

No Brasil, Nelson Turtle também promoveu Cerimônias do Peyote em Friburgo, na pousada Shangri-la, e no ano seguinte em Sacra Família, na Aldeia do Sol, de Bull e Bill. O indio norte-americano fez cinco visitas ao pais, em 1997, 1998, 1999, 2000 e a última em 2005.

Devido ao fato do cactus sagrado, planta usada na Cerimônia do Peyote, não ser cultivado no território brasileiro, apenas nos desertos do México e dos EUA, Sauer entendeu que esse ritual nāo pertencia aos costumes nativos brasileiros e optou por não mais promover essa cerimonia no Brasil.

Em 2001, Sauer foi surpreendido por seu amigo e mestre Michael Harner ao ser convidado para representar a Foundation of Shamanic Studies no Brasil. Harner também pediu que o terapeuta holistico levasse para a Europa e EUA o trabalho de espiritismo que Sauer aprendeu com sua famiilia brasileira.

Cerimônia do Peyote

Tony, Carlos, Nelson, Lino e Rogério.

Ainda na década de 2000, Sauer, ao lado de Lino Py, Tony Paixão e Rogério Favilla desenvolveram o Centro de Estudos Xamânicos e juntos realizaram diversos trabalhos, cerimônias e cursos. Entre eles, o Curso Básico de Xamanismo, promovido em 2003 e 2004, e reconhecido pela Fundação de Estudos Xamânicos, dos EUA. Além disso, o grupo também trouxe diversos índios americanos, mestres e líderes espirituais para realizarem eventos no Brasil. Entre eles, em 2001, um índio Mohawk da nação Iroquois, chamado Crowbear. O nativo americano voltou ao país mais duas vezes e também trabalhou no Sitio das Pedras em Vargem Grande e na Aldeia do Sol em Sacra Família.

Mais tarde, em 2013, já em processo de mudança para o Brasil, Sauer com seus irmãos Cheyenne e Athamis Bárbara Barbosa trouxeram o líder espiritual, Dennis Banks, da tribo Ojibwe, da nação Anishinabe, e seu filho Tantaka Banks, Lakota da nação Sioux, para o Rio de Janeiro. Os nativos norte-americanos realizaram encontros e cerimônias na cidade, em Petrópolis, na pousada Mata Atlântica, em Sacra Família, na Aldeia do Sol. Na ocasião, Dennis e Tatanka Banks consagraram e nomearam dois espaços de tradiçōes nativas (Xamanismo) no Rio de Janeiro: o de Athamis, que passou a ser chamado de Nowa-Cumig, no Cosme Velho e o de Carlos Sauer e Bebetha Riso, que foi nomeado de Casa da Águia, em São Conrado.

Além do contato com índios norte-americanos, Sauer sempre se relacionou com tribos e etnias indígenas brasileiras. Por isso, quando Nelson Turtle e Crowbear vieram para o Brasil, Sauer, através de seus irmãos espirituais Rosário Amaral e Paco Dutra, levaram os nativos para fazerem alianças de irmandade em tribos brasileiras, como a aldeia Guarani, no norte do Espírito Santo.
As alianças foram firmadas com os índios fumando um cachimbo sagrado Guarani. Depois, Crowbear visitou novamente a mesma aldeia e com a presença do Cacique Tupã viajaram para a reserva indígena dos Krenaks, onde encontraram o Cacique Itcho-cho. Juntos, eles firmaram mais um pacto de aliança entre irmãos, cerimônia da qual Carlos Sauer também participou.

Crowbear

 

Sauer sempre soube da importância de vivenciar o Xamanismo e focou o início de sua carreira na realização de rituais, cerimônias e atendimentos individuais. Na Europa e nos EUA, o brasileiro ministrou cursos que agora traz com exclusividade para o Rio de Janeiro, na Casa da Águia, em São Conrado, local onde desenvolve seus trabalhos atualmente.


Além dos projetos realizados por Sauer, o brasileiro teve a chance de apoiar o desenvolvimento e a criação de alguns centros de tradiçōes nativas norte-americanas (Xamanismo). Com isso, levou seus mestres espirituais para esses locais. Sauer compartilhou o seu conhecimento e ofereceu ideias e sugestões. Alguns desses espaços são a Aldeia do Sol, de Bull e Bill, Nowa-Cumig, da Athamis Barbosa e a Casa da Águia, de Carlos Sauer e Bebetha Riso.

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    logo carlos sauer

    Meu nome é Carlos Sauer, nasci em 1959, no Brasil. Sou terapeuta holístico, professor, palestrante e fui adotado em 1993, por um ancião indígena da tribo Cheyenne, chamado Nelson Turtle. Introduzi as Tradições Nativas Norte Americanas (Xamanismo), incluindo a cerimônia da Tenda do Suor no Brasil, em 1988.

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